Na tora é uma expressão popular que significa, entre outras coisas, superação ou algo feito na base da força de vontade - contra tudo e contra todos.
É com este espírito de luta que produtores independentes estão anunciando a 26ª Edição do Festival Natora: Resistência e Esperança na Cultura Periférica.
Será em março, no bairro de Peixinhos, Olinda, local símbolo de renovação cultural da cidade.
O Festival Natora é um dos maiores eventos de música independente do estado de Pernambuco.
É organizado pelos produtores culturais Luiz Carlos e Cleidson da Silva (foto), que apesar das dificuldades para encontrar patrocinadores, vão realizá-lo "na tora".
"É um evento de porte, periférico e focado em bandas independentes. Vamos celebrar mais uma conquista importante: pelo segundo ano consecutivo, ele será realizado com o apoio do Funcultura. O patrocínio é um alívio e uma vitória para os organizadores, que enfrentam desafios cotidianos para manter viva a tradição desse evento", diz a nota enviada ao Portal Observatório
LUTA SOBRE BATALHA - O Festival Natora nasceu de uma ideia simples, mas poderosa.
Em 2004, um grupo de amigos músicos construiu o Estúdio Beira Mar, improvisado à beira do mangue na comunidade da Giriquiti, em Peixinhos.
Em 2006, surgiu a iniciativa de levar música, arte e poesia às ruas da comunidade, criando um evento inclusivo e acessível para todos.
Desde então, o Natora tornou-se uma plataforma para novos artistas de Pernambuco, especialmente das periferias, se apresentarem e conquistarem espaço.
Com quase 18 anos de história e mais de 300 shows realizados, o festival não é apenas um evento, mas um movimento que celebra a cultura periférica e valoriza as vozes que muitas vezes não têm acesso aos grandes palcos.
Apesar do sucesso, produtores ainda têm dificuldades para colocar o evento na rua
DESAFIOS - Embora o apoio do Funcultura seja fundamental para a realização do evento, Luiz Carlos e Cleidson destacam que a busca por patrocinadores ainda é um grande desafio.
"É difícil atrair investimento para um festival periférico, mesmo sendo um evento consolidado e de grande alcance. Mas a gente continua na luta, porque sabemos o quanto isso é importante para nossa comunidade e para os artistas independentes", afirma Cleidson.
Para Luiz Carlos, o Festival Natora representa mais do que música.
"É sobre resistir e mostrar que a periferia tem talento, tem história e tem cultura para compartilhar. O apoio do Funcultura nos dá um respiro, mas o esforço para manter o festival de pé é diário", diz o produtor.
Ao longo de suas edições, o Festival Natora já deu palco a mais de 200 bandas e artistas, acumulando oito mil horas de música ao vivo.
O evento não só conecta artistas e público, mas também oferece oportunidades para que novos talentos mostrem seu trabalho e construam suas carreiras.
A edição deste ano promete mais uma vez ser um marco para a música independente de Pernambuco.
Participação de artistas, produtores e comunidade é uma das marcas do evento
Além de apresentações ao vivo, os artistas selecionados também participarão da "Coletânea Natora Volume 7", um álbum com 16 faixas que será disponibilizado nas principais plataformas de streaming.
A coletânea é uma forma de ampliar o alcance do festival e registrar a diversidade musical que o caracteriza.
"Cada edição do Natora é uma vitória, uma forma de mostrar que, mesmo com recursos limitados, a arte da periferia continua viva e pulsante. É sobre dar voz a quem muitas vezes é ignorado, sobre transformar a realidade através da música e da arte", conclui Luiz Carlos.
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