NILDO CHAGAS - O Dólar engatou a sua sétima semana consecutiva de queda em relação ao real, fechando a sexta-feira (14) cotado a R$ 5,696, ou seja, abaixo de R$ 5,70, algo que não ocorria desde 7 de novembro de 2024.
Na ocasião, o dólar havia fechado a R$ 5,675 e de lá para cá, sempre esteve acima dos R$ 5,70 com o mercado atento ao novo governo Trump e às medidas do governo brasileiro em conter o gasto público.
Nesta quinta-feira (13), o presidente americano, Donald Trump, assinou um memorando para cobrar tarifas recíprocas aos países que cobram impostos mais altos no comércio com os americanos.
Diferentemente do que Trump fez com o México, Canadá e China, quando assinou um decreto para taxar esses países, desta vez, fez algo menos formal, que foi assinar um memorando, que permitirá negociações.
EQUILÍBRIO - Segundo Trump, o Plano Justo e Recíproco, como chamou o memorando, servirá para corrigir desequilíbrios e garantir justiça no comércio internacional com os Estados Unidos.
Inclusive na coletiva de imprensa, citou o Brasil, dando o exemplo do que ocorre no comércio do Etanol, em que os americanos taxam o nosso produto com 2,5%, enquanto que o Brasil cobra 18% na importação do etanol americano.
"A tarifa dos EUA sobre o etanol é de apenas 2,5%. No entanto, o Brasil cobra uma tarifa de 18% sobre as exportações de etanol dos EUA. Como resultado, em 2024, os EUA importaram mais de US$ 200 milhões em etanol do Brasil, enquanto exportaram apenas US$ 52 milhões em etanol para o Brasil”, disse Trump na coletiva.
O estudo que o governo está fazendo para levantar essas distorções na relação comercial com os outros países, será concluído em 1º de abril, e só a partir daí, os americanos poderão implementar o seu plano.
Isso ajudou na queda do dólar, trazendo alívio ao mercado que já esperava uma taxação imediata e uma guerra de preços, que provocaria um aumento da inflação nos Estados Unidos, estendendo a manutenção dos juros em patamares mais altos e favorecendo assim, o aumento do dólar.
Além das ações do governo Trump, na sexta-feira (14) saiu a pesquisa do Datafolha em relação à aprovação do governo Lula com os dados de fevereiro deste ano.
A pesquisa foi feita presencialmente com 2007 entrevistados nos dias 10 e 11 de fevereiro, mostrando que a aprovação caiu para 24%, enquanto que a reprovação subiu para 41%.
Em dezembro de 2024, 35% consideravam o governo como ótimo/bom, e este mês, o percentual caiu para 24%, apresentando uma queda expressiva de 11 pontos percentuais, no entanto, os que reprovam (ruim/péssimo), subiram de 35% para 41%, representando um aumento de 6 pontos percentuais no mesmo período.
A queda na aprovação foi recorde e ficou abaixo dos 28% registrados em outubro e dezembro de 2005, no auge da crise do mensalão, e a sua reprovação superou os 40% de Bolsonaro durante a pandemia de Covid-19.
CASO PIX - Fatores como o aumento da inflação dos alimentos e a cobrança de imposto para quem movimentasse acima de R$ 5 mil no Pix, são apontados como os principais fatores de reprovação do atual governo.
Luciano Costa, economista-chefe da Monte Bravo, comentou o resultado da pesquisa Datafolha, que embora, não tenha sido o principal responsável pela queda do dólar, contribuiu para a desvalorização da moeda americana na última sexta-feira (14).
“Isso aumenta a pressão para que a política econômica seja bem conduzida e Lula tente chegar à eleição com inflação e contas públicas sob controle. Por outro lado, também gera a possibilidade de aumento das chances de vitória de uma candidatura da oposição”, disse Costa.
O dólar apresentou queda significativa de 1,26% na sexta-feira (14) e o principal índice da bolsa brasileira (Ibovespa) teve 2,7% de alta, o que representa um ganho expressivo para um único dia após as medidas tomadas pelo governo Trump e o resultado da pesquisa sobre o governo Lula.
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