NILDO CHAGAS - O preço do ovo branco teve alta expressiva em 2025 na comparação com os últimos registros do ano passado, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), que é ligado à Universidade de São Paulo.
O Cepea realiza o monitoramento de 5 regiões no Brasil e entre elas, o Recife apresentou a maior alta, chegando a registrar 67% entre 30 de dezembro de 2024 e 21 de fevereiro de 2025.
Na capital pernambucana, o preço de 30 dúzias (360 ovos) partiu de R$ 140,16 e alcançou o valor de R$ 234,18 no período.
Além do Recife, o centro de pesquisa acompanha diariamente a variação de preço em Santa Maria de Jetibá (ES), na Grande São Paulo, em Bastos (interior de São Paulo) e na Grande Belo Horizonte.
O preço das 30 dúzias está mais caro na Grande Belo Horizonte, onde custa R$ 248,84 e apresentou o menor aumento (45%) em Santa Maria de Jetibá, que é uma cidade importante para a avicultura nacional, cujo preço variou de R$ 144,01 para R$ 208,90.
Para Claudia Scarpelin, pesquisadora do Cepea, a alta do preço do ovo está atrelada ao aumento da demanda e à diminuição da oferta de ovos no mercado interno.
PICANHA ZERO - O aumento do consumo do ovo é justificado pelo aumento do preço das carnes, sobretudo a bovina, já que as famílias estão deixando de consumir carne e substituindo por ovo.
Desde 2024, o preço das carnes tem ficado mais caro na mesa do brasileiro, não só pelo aumento do consumo, impulsionado pelo crescimento do PIB, mas também pela alta do dólar, que tem tornado o produto brasileiro mais competitivo no mercado internacional.
Além disso, pode ter influência do surto da gripe aviária nos Estados Unidos, que levou os produtores americanos a sacrificarem mais de 40 milhões de aves para conter a doença, mas de acordo com a pesquisadora é cedo para avaliar, considerando que apenas 1% das nossas exportações de ovos são destinadas ao mercado norte-americano.
LULA - Em entrevista nesta quinta-feira (20) à Rádio Tupi FM do Rio de Janeiro, o presidente Lula afirmou que sabe que o ovo está caro e que irá conversar com os empresários para que não falte o produto no Brasil.
“Quando me disseram que estava R$ 40 a caixa com 30 ovos, eu achei um absurdo”, disse Lula durante a entrevista.
O presidente afirmou que a alta nos preços dos alimentos foi impactada por eventos climáticos.
“Está muito sol. É o maior calor na história desse país. Muito fogo. E muita chuva, como foi no Rio Grande do Sul. Tudo isso interfere nos preços”, disse.
Lula também apontou a gripe aviária nos Estados Unidos como uma das causas da redução da oferta do ovo no mercado interno, pois o Brasil é um dos maiores exportadores para o país norte-americano.
“Tivemos a gripe aviária agora nos Estados Unidos. Eles viraram importador de ovo brasileiro. Nós queremos discutir com os empresários que nós queremos que eles exportem, mas não pode faltar para o povo brasileiro”, declarou.
O presidente disse que acredita na queda dos preços dos alimentos para ficarem mais acessíveis ao povo.
“Eu tenho certeza que a gente vai conseguir fazer com que o preço volte aos padrões do poder aquisitivo do trabalhador. É importante que a gente não esqueça que é muito mais fácil a gente detectar o problema sem apontar solução.”
CALOR - Produtores de ovos alegam que a menor produtividade se dá pelo calor intenso, afetando não somente a produtividade, mas os custos de produção.
Com menos ovos no mercado, o preço dispara e no curto prazo deverá se manter caro, porém com o retorno de condições climáticas favoráveis e com o controle da gripe aviária nos Estados Unidos, o preço deverá voltar a cair, mas provavelmente não retornará aos valores antigos.
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