NILDO CHAGAS - Na última quinta-feira (06), o governo Lula anunciou medidas na tentativa de conter a alta do preço dos alimentos, sendo a primeira delas a isenção do imposto na importação de nove produtos.
Azeite, milho, óleo de girassol, sardinha, biscoitos, massas alimentícias (macarrão), café, carnes e açúcar ficarão isentos do imposto de importação nos próximos dias, segundo o anúncio feito pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin.
Alckmin disse que não dava para cravar a data em que as isenções entrariam em vigor, mas que seria em “poucos dias”, pois depende da aprovação da Câmara de Comércio Exterior (Camex).
Outra medida anunciada por Alckmin foi o fortalecimento dos estoques reguladores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), porém não entrou em detalhes.
Mês passado, a Conab pediu R$ 737 milhões para aumentar os estoques de alimentos, que foram reduzidos nos últimos anos.
A última medida anunciada por Alckmin permitirá que produtos como leite, mel, ovos e carnes sejam liberados mais rapidamente para venda em todo o país.
O produtor que tem a autorização do Serviço de Inspeção Municipal (SIM), poderá durante um ano comercializar o seu produto pelo Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA).
O objetivo é aumentar o número de 1.550 para três mil no registro nacional, simplificando a vida do produtor que só tem a certificação municipal (SIM) e permitindo a autorização também do Sisbi para comercialização em todo o país.
ZERO - O governo também pediu que os Estados zerem o ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) da cesta básica, cuja medida já foi tomada pelo governo federal com os impostos federais.
Diante das medidas apresentadas pelo governo Lula, o economista-chefe da Farsul (Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul), Antônio da Luz, esclareceu em entrevista concedida ao canal CNN, que as mesmas são ineficazes para conter a inflação dos alimentos.
“O governo vai baixar as alíquotas, maravilha, vai baixar a alíquota de café por exemplo, ótimo, o problema é que nós somos o maior produtor do mundo de café e nós somos o maior exportador do mundo de café.”
“O açúcar, nós somos o maior produtor mundial de açúcar. Nós somos o maior exportador mundial de açúcar. Metade de todos os navios do mundo que estão nesse momento transportando açúcar, saíram do Brasil.”
“Então vamos importar carne, tudo bem, o Brasil é o segundo maior produtor de carne de frango e é o maior exportador de carne de frango do mundo. Nós somos o segundo maior produtor e o maior exportador de carne bovina do mundo, um quarto de toda a movimentação de carne bovina do mundo sai do Brasil.”
“O milho, nós somos o segundo maior exportador do mundo. Então o Brasil vai comprar de quem? Se nós somos o maior exportador, se somos o maior fornecedor do mundo é porque nós temos o menor preço do mundo.”
“Eu lamento. Eu gostaria muito de ter uma saída mágica, mas vejam, hoje os ministros passaram o dia lá reunidos e as saídas mágicas foram essas, porque não tem saída mágica”, concluiu Antônio da Luz.
O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo e tem preços competitivos, logo, um dos fatores que tem impactado na alta dos alimentos não é a oferta, mas a alta do dólar, pois muitos insumos agrícolas (defensivos, fertilizantes e maquinários) são importados, além do aumento do frete com o combustível mais caro.
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