NILDO CHAGAS - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na última quarta-feira (12) a inflação de fevereiro, que avançou 1,31%, sendo o maior patamar para o mês em 22 anos.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, alcançou a maior alta desde março de 2022, quando subiu 1,62%.
A energia elétrica residencial foi a maior vilã no mês de fevereiro, sendo o subitem que mais subiu com uma alta de 16,80% e impacto de 0,56 ponto percentual (p.p.) no índice de inflação.
Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula uma alta de 5,06%, bem acima do centro da meta de 3,00% e do teto de 4,5%, pois existe uma tolerância de variação de 1,5 p.p. para mais ou para menos.
Segundo o IBGE, praticamente 92% da inflação de fevereiro está concentrada em quatro dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados: Educação (4,70%), Habitação (4,44%), Alimentação e bebidas (0,70%) e Transportes (0,61%).
O grupo que apresentou a maior alta foi o da Educação com um aumento de 4,70% e impacto de 0,28 p.p. no IPCA.
COLÉGIO - De acordo com Fernando Gonçalves, gerente do IPCA, a alta da Educação foi consequência dos ajustes nas mensalidades escolares com destaque para ensino fundamental (7,51%), ensino médio (7,27%) e pré-escola (7,02%).
Já o grupo Habitação, que havia apresentado uma queda de 3,08% em janeiro, acelerou 4,44% em fevereiro, impactando em 0,65 p.p. o índice, influenciado fortemente pela alta da energia elétrica residencial.
“Essa alta se deu em razão do fim da incorporação do Bônus de Itaipu, que concedeu descontos em faturas no mês de janeiro. Com isso, o subitem energia elétrica residencial passou de uma queda de 14,21% em janeiro para uma alta de 16,80% em fevereiro”, explicou Fernando Gonçalves.
Na sequência, o grupo Alimentação e Bebidas teve alta de 0,70% e impacto de 0,15 p.p. na inflação, com destaque para as altas do ovo de galinha (15,39%) e do café moído (10,77%).
O grupo Transportes teve alta de 0,61% e 0,13 p.p. de impacto, influenciado principalmente pelo reajuste no ICMS e como consequência, os combustíveis subiram 2,89% com destaque para as altas do óleo diesel (4,35%), do etanol (3,62%) e da gasolina (2,78%).
Para reforçar o impacto da alta das mensalidades escolares e do aumento da energia elétrica, Gonçalves disse que se retirada a contribuição do grupo Educação da conta do IPCA, a inflação de fevereiro teria sido de 1,10% e se retirada a pressão da energia elétrica, o IPCA teria sido de 0,78%.
"Educação e habitação responderam por mais da metade do IPCA de fevereiro", esclareceu Gonçalves.
Com os preços em alta, o mercado projeta um IPCA de 5,68% ao final de 2025, de acordo com o boletim Focus do Banco Central (BC) publicado na última segunda-feira (10).
Na próxima quarta-feira (19), o Comitê de Política Monetária do BC estará reunido e deverá elevar a taxa básica de juros (Selic) em 1 p.p. na tentativa de conter a inflação e caso se confirme, a nova Selic passará de 13,25% para 14,25% ao ano.
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