O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, apresentou na última quinta-feira (27) a 1ª edição do Relatório de Política Monetária, que substitui o Relatório Trimestral de Inflação em razão de mudanças na regra de apuração do atingimento da meta de inflação.
A nova regra do Conselho Monetário Nacional (CMN) estabelecida a partir deste ano, prevê uma meta contínua de inflação por 36 meses e não mais apurada anualmente com base no acumulado dos doze meses até dezembro.
Portanto, só será considerado como descumprimento do decreto, se a inflação anualizada ficar por mais de 6 meses fora do intervalo de tolerância de 1,5% a 4,5%, já que a meta de inflação estabelecida pelo CMN é de 3% até 2027, podendo variar 1,5 ponto percentual (p.p.) para mais ou para menos.
DILMA - Para conter a inflação, a taxa básica de juros (Selic) teve três altas consecutivas de 1 p.p. de dezembro de 2024 a março deste ano, saindo de uma taxa anual de 11,25% para 14,25% e alcançando o maior patamar desde setembro de 2016, que foi o período pós afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff.
Desta vez, o Copom sinalizou uma nova alta em se mantendo o cenário previsto, só que agora com uma magnitude menor, ou seja, a Selic deverá sofrer nova alta, não mais de 1p.p. mas que poderá trazê-la para o patamar próximo de 15% em maio (6 e 7), quando ocorrerá a próxima reunião do Comitê.
CICLO - Em coletiva de imprensa, após apresentação do Relatório de Política Monetária, Galípolo informou que o ciclo de alta dos juros precisa se estender, porém com menor intensidade para ver se é suficiente para reduzir a inflação.
“A gente entende que, por todas as razões, o ciclo precisa se estender. Mas, devido às incertezas, se estender em menor magnitude”, disse Galípolo.
A guerra comercial dos Estados Unidos iniciada pelo governo de Donald Trump, aumentando as tarifas de importação de produtos, tem afetado o preço do dólar como também o crescimento da economia americana e mundial.
Além de um dólar mais caro, que provoca mais inflação no Brasil, outra preocupação do BC é a condução da política fiscal do atual governo, que mesmo batendo recordes de arrecadação, segue deficitário.
A maior aposta do mercado é que haja uma alta de 0,50 p.p em maio e de 0,25 p.p. em junho para que se atinja o patamar de 15% este ano, conforme projeções do mercado compiladas pelo boletim Focus do Banco Central.
No entanto, economistas do UBS BB projetam uma Selic maior, ou seja, de 15,75% ao final de 2025 após alcançar em julho o pico do atual ciclo de aperto monetário.
Segundo eles, haverá necessidade de altas superiores às previstas e também em julho, considerando que a inflação apresenta projeções de 3,7% para o quarto trimestre de 2026, ainda acima do centro da meta de 3% ao ano.
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