NILDO CHAGAS - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na última quarta-feira (02) uma ordem executiva que estabelece as tarifas recíprocas para produtos importados de 185 países.
Segundo Trump, foi um dos momentos mais importantes da história norte-americana e que chamou de “Liberation Day” (Dia da Libertação em português), pois tal medida trará mais justiça no comércio dos Estados Unidos com o mundo e libertará o país da dependência estrangeira.
“Vamos cobrar dos países por fazerem negócios em nosso país e tirar nossos empregos, tirar nossa riqueza, tirar muitas coisas que eles vêm tirando ao longo dos anos", disse Trump recentemente.
A medida do governo americano iniciou ontem (5) com a cobrança de 10% para todos os países e tarifas adicionais em 9 de abril para aqueles que cobram mais de 20% dos Estados Unidos.
A União Europeia, por exemplo, teve taxação de 20%, então iniciou ontem (5) com 10% e depois mais 10% em 9 de abril, já a China, que foi taxada em 34%, da mesma forma sai de 10% e depois mais 24%.
Pelos dados levantados pelo governo americano, a cobrança só representaria metade das taxas cobradas pelos países, que cobram mais de 20%, então “isso é meio recíproco, não totalmente recíproco", disse Trump durante o anúncio.
CONTRA-ATAQUE - Para piorar essa guerra comercial global, a China anunciou na última sexta-feira que irá taxar os produtos americanos em 34% a partir de 10 de abril.
“Essa prática dos EUA não está de acordo com as regras do comércio internacional, prejudica seriamente os direitos e interesses legítimos da China e é uma prática típica de intimidação unilateral”, disse o governo chinês em comunicado.
Desde quinta-feira (03) passada e após o anúncio de Trump, as bolsas pelo mundo derretem com quedas comparadas às registradas na covid.
Em dois dias, somente as ações das chamadas “Sete Magníficas” (Microsoft, Tesla, Nvidia, Apple, Amazon, Meta e Alphabet) perderam 1,83 trilhão de dólares, o que equivale a mais de duas vezes o tamanho da bolsa brasileira.
"O conceito de levar os EUA de volta aos 'dias de manufatura' da década de 1980 com essas tarifas é um experimento científico ruim que, no processo, causará um Armagedom econômico, em nossa opinião, e destruirá o comércio de tecnologia, o tema da Revolução da IA ​​e a indústria em geral no processo", disse em nota publicada na sexta-feira (4), o analista da gestora americana Wedbush, Dan Ives.
Pelo que se apresenta, Trump quer pôr em prática sua promessa de campanha de atrair indústrias estrangeiras para o país, a fim de gerar emprego e riqueza para os americanos, como também diminuir a dependência de produtos importados, que tem provocado um déficit histórico em sua balança comercial.
Outra coisa que o presidente americano quer é provocar acordos comerciais que tragam benefícios ao seu país, no entanto, o que se questiona é o quanto essa medida pode provocar um aumento inflacionário significativo em escala mundial, trazendo consigo uma recessão não somente para eles, mas para todo o mundo.
INFLAÇÃO - Nessa guerra comercial iniciada por Trump, os produtos importados se tornarão mais caros em decorrência das tarifas americanas e das respectivas retaliações dos outros países, afetando a cadeia produtiva global e gerando um aumento da inflação pelo mundo.
A consequência imediata com um cenário de alta dos preços é a adoção de uma política mais pragmática dos bancos centrais para aumentar os juros, restringindo não só o crédito e o consumo, mas provocando uma desaceleração da economia global.
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