NILDO CHAGAS - Segundo o Indicador de Inadimplência divulgado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), quatro em cada dez brasileiros adultos estavam negativados no mês de abril de 2025, apontam os dados divulgados na última quarta-feira (14).
Na linguagem popular, 42,36% estão com o nome “sujo”, o que representa 70,3 milhões de pessoas, bem como um crescimento de 4,59% em abril de 2025 na comparação anual com abril do ano passado e de 1,09% em relação ao mês anterior de março.
Para o presidente da CNDL, José César da Costa, o novo recorde é consequência do aumento de preços (inflação), do elevado endividamento das famílias e dos juros altos.
“O novo recorde histórico de inadimplência evidencia a crescente dificuldade do brasileiro em equilibrar o orçamento no fim do mês. Apesar da leve melhora nos índices de renda e na redução do desemprego, esses avanços não têm sido suficientes para conter o aumento das dívidas. A combinação de preços elevados em itens essenciais, o alto nível de endividamento das famílias e a trajetória de alta da taxa básica de juros contribuem diretamente para o agravamento desse cenário preocupante.”, justificou José César da Costa.
O levantamento apresenta que na média, as pessoas possuem dívidas há mais de 2 anos (27,7 meses) e que houve um aumento expressivo de 46,43% na faixa de atraso de 3 para 4 anos na comparação anual com abril de 2024.
CALOTE - Quanto mais tempo em atraso, as expectativas de recebimento das dívidas diminuem por parte dos credores.
A faixa etária de 30 a 39 anos possui o maior número de devedores com uma estimativa de 17,38 milhões de pessoas, correspondendo a 23,73% do total, onde mais da metade (51,21%) das pessoas nessa faixa possuem algum tipo de inadimplência.
As mulheres possuem uma participação ligeiramente maior de 51,11% diante de 48,89% dos homens.
O valor médio devido por inadimplente é de R$ 4.689,54, que se concentra nos bancos (66,95%),seguidos de água e luz (9,78%) e do setor de comércio (9,64%).
Outro dado trazido no levantamento é que a maior parte dos inadimplentes, ou seja, 30,15% possuem dívidas que vão até R$ 500,00, chegando a 43,65%, quando o valor atrasado é de até R$ 1.000,00.
O Sul é a região com o menor percentual da população inadimplente com 9,13 milhões, o que corresponde a 37,85% de sua população adulta, enquanto que o Centro-Oeste possui o maior percentual com 44,85%, contabilizando 6,02 milhões de adultos.
EDUCAÇÃO - O presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior, entende que parte da solução passa pela educação financeira, mas que o governo precisa tomar medidas para conter a inflação, além de dar uma atenção maior à política fiscal.
“O recorde na inadimplência não pode ser enfrentado apenas com medidas pontuais. Ele evidencia a urgência de uma abordagem estruturada por parte do poder público e das instituições financeiras. Parte da solução está na educação financeira, mas é indispensável que o governo atue para promover maior estabilidade econômica, com políticas de controle da inflação que não dependam exclusivamente do aumento da taxa de juros — medida que, embora eficiente no combate à inflação, tem efeito colateral perverso sobre o crédito e o consumo popular. A política fiscal também deve ser tratada com atenção especial para uma resposta mais efetiva a esse cenário”, destacou o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior.
O que fica muito claro é que a falta de educação financeira, pois se gasta mais do que se pode, leva o brasileiro a um precipício chamado endividamento, que é potencializado pela inflação e pelos juros altos, fazendo com que quase metade da população adulta tenha algum tipo de inadimplência.
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