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ECONOMIA CANA

*GASOLINA BRASILEIRA PODE RECEBER AINDA MAIS ETANOL EM SUA COMPOSIÇÃO*

Medida pode acontecer devido à crise do petróleo, por conta da guerra Israel X Irã.

24/06/2025 07h22 Atualizada há 2 semanas
Por: Pedro Tinoco
Objetivo é diminuir importação do produto. Foto Agência Brasil EBC.
Objetivo é diminuir importação do produto. Foto Agência Brasil EBC.

O Governo Federal estuda a possibilidade de aumentar a mistura de etanol na gasolina, passando dos atuais 27% para 30%.

O motivo seria diminuir a dependência do país em relação ao combustível fóssil, cujo preço hoje é afetado pelas tensões no Oriente Médio, principal produtor mundial.

Uma reunião do Conselho Nacional de Política Energética do Ministério de Minas e Energia está programada para acontecer amanhã (25), a fim de debater o assunto.

O Governo Federal acredita que a medida ajuda o Brasil a depender menos de importações de gasolina e fortalece a produção nacional de biocombustíveis.

PROÁLCOOL - Foi este mesmo pensamento que inspirou a criação do Programa Nacional do Álcool, conhecido como Proálcool, no governo do então presidente Ernesto Geisel, em 1975.

Fiat 147 foi o primeiro carro movido a álcool no mundo.

Na época, o programa surgiu também como resposta à crise mundial do petróleo e com objetivo de reduzir a dependência do país, incentivando a produção de álcool combustível.

Infelizmente, a boa ideia não prosperou como se imaginava, pois o programa - pioneiro no mundo - enfrentou inicialmente problemas tecnológicos e de adaptação dos veículos, além da falta do combustível nos postos e preços mais elevados que a gasolina por conta da sazonalidade das safras de cana-de-açúcar, entre outras dificuldades.

Caso desejem levar a ideia adiante agora, os burocratas de Brasília deverão pensar soluções, principalmente econômicas, para o etanol, que atualmente não oferece vantagem de preço diante da gasolina.

Uma política séria de incentivo aos produtores de etanol, com compromisso estratégico ao longo dos anos e isenção de impostos ou subsídios, poderia tornar o Brasil um país livre da dependência de combustíveis fósseis.

Mas será que a Petrobrás permitiria? A conferir.

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